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sábado, 31 de março de 2012

Recolhendo as Penas dos Galhos


Contasse a história de uma família que era muito fofoqueira e maledicente. Esta família era numerosa na Inglaterra por volta de 1920 e eram considerados dentro da Igreja e na sociedade conservadora daquela época de fofoqueiros inveterados. Dizia-se que desde o mais novo até o mais idoso todos gostavam de falatórios.

Por aquele tempo passou pela cidade um pregador muito conhecido e ao chegar à cidade foi logo saudado e recebido pela tal família maledicente. Tendo de passar ali por duas semanas logo o bom pregador percebeu o ponto fraco e ao mesmo tempo o pecado ali praticado. Conta-se que só o fato de ter ficado naquele lar serviu de protesto para muitos incrédulos não participarem das conferências espirituais.

O convidado ficava a maior parte do tempo calado quando sentados para refeição começava-se aqui uma critica, ali uma palavra mais preconceituosa e logo maldades. Ele aguardava sabiamente o momento para ensinar algo importante que faltava aquela família religiosa.

Os dias foram passando e não houve nenhuma oportunidade para que o ensino corretivo fosse compartilhado. O pregador teve então uma idéia. Quando de sua chegada orgulhosamente a dona da casa falou ao pregador que ela tinha preparado junto com sua mãe um travesseiro muito especial que seria dado ao final das conferências para ele levar para sua casa. Era um travesseiro muito macio e precioso feito com penas de gansos Irlandeses. A princípio ele ficou por demais lisonjeando com a demonstração de hospitalidade e carinho, mas não resistiu a idéia do ensino.

Dois dias antes do termino dos trabalhos na Igreja local ele disse a toda família na segunda-feira gostaria de orar poderosamente por esta família e disse que o encontro seria no alto do monte na entrada da cidade e que ele fazia questão que todos estivessem ali para oração.

No dia marcado lá foram todos com auxilio de charretes e carroças para o alto do monte. O pregador além de sua bíblia trouxe também o precioso e valioso presente recebido o travesseiro. Quando chegou ao topo ele leu o texto na bíblia que dizia: “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem”.

E acrescentou que sentia muito honrado com a hospitalidade, mas muito incomodado com as maledicências. Dito isto ele pegou a sua bíblia enorme cheia de papeis e anotações e pediu para que um garoto bem pequeno a segurasse e tomando um canivete rasgou o travesseiro e jogou para fora todas as penas aos poucos, ao que o vento se encarregava de espalhar para muito, muito longe. Todos focaram chocados, as crianças se divertiram. Depois com o saco vazio nas mãos ensinou: Quando falamos mal de alguém, quando praticamos maledicências espalhamos penas do alto de um monte e a única maneira bíblica de restituirmos o que saiu de nossas bocas seria o trabalho impossível de recolher as penas de volta para o travesseiro. E mesmo se conseguíssemos tal façanha o travesseiro jamais seria o mesmo. Um silêncio piedoso envolveu a todos principalmente os mais velhos. O temor do Senhor se fez muito forte no alto daquele monte.

O pregador se despediu agradecido e se foi montado em seu cavalou de volta para o norte da Inglaterra e conta a história que jamais voltou ali naquela cidade.

Amados cuidem de suas palavras, cuidem de sua postura cristã, seja pronto em ouvir e tardio para falar.

O apóstolo Tiago disse que um grande incêndio em uma floresta sempre começa com uma pequenina fagulha.

“Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem”. Efésios 4.29.

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