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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Quatro Dias antes da Páscoa


Chegou a hora da última praga no Egito. Com a morte dos primogênitos egípcios, Deus libertaria o seu povo. Em preparação para o sacrifício da Páscoa, ele mandou que cada família israelita tomasse um cordeiro e o guardasse quatro dias, até o dia do sacrifício. No dia determinado por Deus, o cordeiro seria morto e assado, representando o resgate dos primogênitos de Israel. Veja Êxodo 12:1-8.

Por que não escolher o cordeiro no dia do sacrifício? Por que quatro dias antes? O texto aqui não explica, mas um pouco de experiência própria pode nos ajudar. Qualquer pessoa que já visitou uma fazenda ou um parque zoológico sabe como as pessoas, e especialmente as crianças, reagem perto de animais pequenos e peludos. É muito fácil se apegar ao animal inocente e sem defesa. A descrição dada por Natã mostra o carinho com que uma família pode tratar um animalzinho (2 Samuel 12:3). Imagine mantendo um cordeirinho no seu quintal durante quatro dias, só para matá-lo, colocar o seu sangue ao redor da porta da casa, e depois comer a sua carne. Ao invés de tirar a vida de um animal desconhecido, eles mataram um cordeirinho que teve, pelo menos por alguns dias, convivência com a família. O sacrifício custou, e doeu.

Jesus é o nosso Cordeiro pascal (1 Coríntios 5:7). Ele não foi escolhido no dia do sacrifício; foi preparado desde eternidade (Efésios 3:11). E, ao invés de os homens testemunharem a morte de um desconhecido, Jesus veio ao mundo e habitou entre nós durante mais de 30 anos (João 1:14; Hebreus 2:9,14). Deus enviou seu Filho para ser conhecido pelos homens (1 Pedro 1:16). Em forma humana, ele mostrou toda a bondade, a simpatia, a inocência e a glória divina. Mesmo assim, "como cordeiro foi levado ao matadouro" para nos libertar (Isaías 53:6-7). Quando pensamos no sacrifício dele, devemos sentir a dor!

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